quinta-feira, janeiro 31, 2008

Para Sempre!


Abraça-me!
Abraça-me até o sol acontecer. Cinge na alma e na dor a marca do teu peito aberto à faca, rasgado, sonhado... morto!
Permite-me. Deixa que penetre no teu corpo, que durma debaixo da tua pele. Que te mate a minha ausência! Deixa-me arrancar aos pedaços as marcas entranhas do teu ser.
Pede-me para gritar ao teu ouvido o suspiro quente da morte que te busca, suplica que te toque uma última vez, pede-me...
Pede-me um abraço.
Abraça-me!
Esconde em mim o que velho sentes. Foge dos esquivos minutos que te cruzam e te espetam a pele como lanças, como passos que te esmagam a distância, como luzes no escuro das palavras...
Afoga em mim as menos águas, menos líquidas, menos sólidas mágoas. Gotas de crer e de verdade, de amor e de saudade.
Abraça-me até ao redondo beijo da noite escura que nos separa. Leva-nos aos passos caminhos do percurso até à vida, voa comigo pelas fases da lua em claro e esgota o desejo dos Deuses de guardar na mente uma noite mais... para sempre!

2008

2 comentários:

Nya disse...

Eu dou.te um abraço, e sera' um abraço sentido. Um abraço que te faça sentido e se deixe ficar em ti, encobrindo.te c alguma ternura.

Por akilo k escreves tão..

real.

Anónimo disse...

Quão coitadinho se sentes ...

Quão repugnante tu és.