domingo, janeiro 13, 2008

Drowned in the Mountains


Na mais profunda negrura de um espaço outrora vivo, morri eu para o azul oprimido, vermelho sangrento, de um mar cujo doce sal me provou o gosto e me levou o fio da existência.
Nas escabrosas ondas do sólido monte, negro no fulgor da lua, planei o meu corpo morto, moribundo e deixei-me deixar de viver. Cessei e estingui a chama defunta do cadáver fogoso que era eu...
Morri. Bebi do mar que cercava a costa de mim e consenti que me inundasse o fôlego. Permiti que as águas profundas me respirassem e elevei o corpo a Neptuno, que me beijava os cabelos molhados, pendentes...
Fechei os olhos e provei o ósculo nocivo, molesto do esplendoroso fio de luz clara, lunar, que me sorvia a cada pedaço.
Morri. Deixei quedos os dedos entrelaçados na dor inexorável que me banhava o corpo.
Quedos foram os momentos em que abracei essa clara luz e deixei que o mar suplicasse...
Cedi ao desejo de adormecer. Pequei, fechei os olhos uma vez mais... e deixei-me perder...

2008

1 comentário:

Anónimo disse...

bem! por detrás de uma grande açoreana, existe uma grande Poetisa :-) com k então ñ nos tinhas dito k eras uma 100% Poetisa lolita!!! o poema está msmo...,mas msmo....sem palvras... é mais para deixar de boqueaberta :-) lol!
bjx e palmas para uma poetisa pikena, mas Grandeeeeeeee!!!