sexta-feira, janeiro 18, 2008

Espaço


Todo um nada que se desfaz em mil pedacinhos num tudo, palmos abaixo da terra dura sangrenta que destrói o Homem e lhe consome a carne.
Prazos feltros do olhar pela janela da visão em movimento, de um vulto quedo no olhar triste de uma criança enferma. É hora...
Tempos pardos, que nos puxam e deleitam, num doce embalar de noite acabada por criar ou transparentes invisíveis, sufocantes silêncios que calados bravos seguram a ténue linha da própria esxistência. Chega...
Minutos laivos, leves, levianos, portas que gritam e relógios que não sabem a hora de bater. Escuros dedos, sombras perdidas no clarão da infância latente na memória esquecida de um velho putrefacto pedaço de vida passada. Morre...
Pazes que salgam as vidas guerreadas, partidas dos homens que por la viveram e dos vermes, reles e bestas que com eles dormem na terra e lhes fedem o corpo. O fim...
Morreram...

2008

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