segunda-feira, novembro 26, 2007

Palavras


Como a lágrima que escorre para o infinito,
Deslizo eu entre as tuas palavras.
E vejo nelas o espelho reflectido
Da minha miserável existência.
Entras em mim
E reviras todo um obscuro manto de pensamentos,
Um turbilhão de sentimentos...
E escreves-me nas tua palavras,
Deixando-me fluir mais uma vez
Para a mais amargurada tristeza chamada Vida.
Só tu me levas pelos caminhos esquivos da noite
E me fazes adormecer no escuro do meu íntimo,
Onde moram as vozes incessantes e sujas da consciência,
Que me embalam ao som daquilo que mais ardentemente desejo...
Palavras tuas.

2007

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