quinta-feira, novembro 08, 2007

Eutanásia


Onde estou, não sei.
Estou fechada entre as quatro paredes da morte,
Esperando que me tragam
O amargo cálice da perda da vida.
Eu bebo!
Tragam-mo que eu bebo!
E vou saborear cada trago
Assim, como se fosse
O mais saboroso elixir da vida.
Assim, como se fosse
A mágica poção da rejuvenescência…
Oh! Amarga vida!
Oh! Boca que provarás
Daquele cálice impiedoso!
Eu bebo!
Tragam-mo que eu bebo!
E deixarei aqui meu corpo,
E levo daqui minha alma.
Vai alma bebida em sangue!
Vai alma!
Vai e não voltes mais!

2003

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