quarta-feira, março 14, 2012

Fado meu


E saber-me tua, meu amor. Saber-me pertencer-te.
Cingir-me aos passos teus, firmes na noite fria que me envolve como um xaile negro.
Fado meu que a vida traçou... Triste fado de quem ama o sol na madrugada. Não sei que mais a noite me trará, que te não traz a ti, luz no meu caminho.
Que mais me dará, além da morte, esta dura impossibilidade de te ver, luz? Cega-me a falta de ti! Cega-me a distância e o espaço entre os meus dedos, onde caberiam os teus, quentes, sedentos de toque e de amor.
Não sei que bem me trará a vida, além do voo alto do meu espírito após a fusão gritante do teu corpo com o meu. Além da morte... talvez nada. Talvez a saudade.
Talvez reste, no final, nada mais do que saudade. Saudade de ser tua, meu amor.
E saber-te meu...



Para ti, A. S. Porque me fazes acreditar que o amor existe mesmo. Porque me ensinaste que vale sempre a pena lutar, mesmo que se perca muito pelo caminho.
Perdoa-me se te aborrece que a tua história de amor me sirva de inspiração... Também me serve de lição.

17/12/2011

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